sábado, 27 de agosto de 2011

Yin-Yang

''The only one who can judge you, is you.''

Tantas vezes pensamos sobre atitudes que tomamos e que desejamos nunca ter feito, ou pelo contrário, quantas vezes não pensamos 'devia ter feito ..' ou 'devia ter dito'.
 Não é novidade nenhuma o facto de não podermos voltar atrás e corrigir os nossos erros, pois o tempo não volta atrás, mas o mundo não é assim por acaso. Se o tempo não volta atrás é porque não deve e, se nós não temos oportunidade de refazer algo é porque não devemos.
 Quando temos este tipo de pensamento é porque já descobrimos o 'ideal' que deveria ter sido feito/dito, mas isso não implica que o ideal esteja certo. Ao desvendarmos a atitude certa para a situação não estamos a descobrir a situação certa para nós próprios. Sendo nós seres humanos temos sentimentos, sentimentos esses que nos levam a agir impulsivamente, obviamente uns mais que outros, segundo o nosso estado no momento. Uma pessoa se estiver a ter um dia bom, se dormiu bem , comeu bem e as actividades que pratica lhe estão a correr bem se por acaso receber uma notícia de que o seu carro foi travado por estar mal estacionado reage de uma maneira algo calma.Irá chamar a policia, pagar multa e tratar de tudo para poder regressar a casa.Por outro lado, se a mesma pessoa estiver a ter um dia mau, não dormiu, mal comeu e as coisas não parecem estar a correr como desejava ao receber a mesma noticia obviamente que antes de chamar a polícia e pagar a multa vai ter um pequeno ataque de nervos, pode até chorar ou dizer alguns termos que não usa no quotidiano e nunca diria em público mas que parece não conseguir controlar.No dia seguinte, essa pessoa depois de já ter descansado irá arrepender-se do que fez no dia anterior e vai desejar voltar atrás. Ao compararmos estas atitudes opostas da mesma pessoa podemos concluir que o estado de espírito é crucial na maneira como vemos e reagimos ao mundo, logo não podemos arrependermos de tudo o que fizemos e não estava 'certo'. Como é óbvio o homem não resolveu nada ao ter aquela atitude, mas foi algo mais forte que ele logo, porque tem que estar automaticamente moralmente errado?
 Qualquer pessoa pode perder a postura dependendo da situação em que se encontra no momento, mas se pensarmos bem, são estas pequenas atitudes de rebeldia que acabam por nos dar personalidade , uma vez que, quando acabamos por deixar a nossa vontade falar mais alto é que a passamos a conhecer.
 Se uma mulher tiver umas sandálias novas e pisar 'cocó de cão' vai ficar algo nervosa, frustrada e triste. Só uns momentos depois de absorver toda esta emoção é que vai limpar e seguir o seu caminho, isto se não voltar a casa ou à loja para mudar de calçado. Por outro lado, se outra mulher se encontrar na mesma situação acha alguma piada, ri-se um pouco e depois limpa as sandálias ou muda também. Neste caso as duas mulheres podem até ter a mesma atitude final, mas a maneira como reagiram ao mesmo problema foi diferente, o que as distingue e as individualiza.
 Pode-se concluir assim que nem sempre aquilo que desejaríamos ter feito é o mais correcto, uma vez que assim passamos a conhecer diferentes facetas da nossa personalidade que nos podem ajudar a moldá-la ou intensificá-la dependendo do caso. Assim de futuro se por alguma razão se repetir o momento, ou um semelhante, reagimos de uma maneira mais confiante, madura, segura, ganha graças ao anterior 'erro'.
  Apesar de defender que devemos seguir certas vontades sensíveis nem sempre é correcto. Há situações em que mesmo que a pessoa esteja cheia de problemas não deve deixar que isso afecte a sua maneira de agir. Se um professor tiver uma relação longa e duradoura com uma rapariga e por alguma razão ela terminar tudo com ele antes de uma aula, o professor ,por muito que queira, não pode tratar mal ou pior os seus alunos. O facto de ter algo que o altera não lhe dá o direito de alterar também quem o rodeia.
 Após reflectir sobre estes exemplos tenho que colocar uma dúvida que me parece deveras pertinente: ' Como saber se a minha acção foi certa ou errada? ' .

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